Hoje não me apeteceu sair de casa. Apeteceu-me ficar aqui resguardada de tudo o que se passa lá fora mesmo sabendo que a maior tempestade está dentro de mim. Apeteceu-me ficar sossegada, mesmo que a minha cabeça ande a mil. E depois olhei para o coração que me deste no dia dos namorados e pensei "O sempre acabou depressa". Não sei se te guarde pelo amor ou pela raiva. Ou até pela dor. Sim, porque dói, tu não sentes mas a mim dói-me. Dói-me a alma, o coração e os olhos. É difícil não chorar e mesmo assim não me sinto aliviada. Nem consigo sentir.
Faz quase uma semana que não sei nada de ti e tudo o que sei preferia não saber, porque as dúvidas também matam, matam é lentamente. Matam a esperança e vão matando o que sinto por ti, vão matando as boas memórias que tinha nossas ou só tuas. E isto mata-me a mim, eu juro.